A nova realidade do varejo digital
O comportamento do consumidor mudou profundamente. Hoje, a jornada de compra começa online — e muitas vezes termina sem que ele sequer visite uma loja física.
Plataformas como Mercado Livre, Amazon, Shopee e SHEIN concentram milhões de buscas diárias por produtos de todos os segmentos, tornando-se verdadeiros shoppings digitais do Brasil.
Enquanto isso, muitos fabricantes ainda dependem exclusivamente de distribuidores ou representantes comerciais. Isso limita o alcance, reduz a margem e impede o acesso a dados diretos do cliente final — um dos ativos mais valiosos do mundo digital.
Vender em marketplaces permite ao fabricante assumir o protagonismo da sua marca, testar produtos e vender diretamente ao consumidor, sem abrir mão do relacionamento com os canais tradicionais.
Por que fabricantes estão migrando para marketplaces
Os marketplaces deixaram de ser um canal alternativo e se tornaram parte essencial das estratégias de crescimento industrial. Entre os principais motivos:
- Controle de marca e preço:
Ao vender diretamente, o fabricante define o posicionamento da marca e evita distorções de preços criadas por revendedores. - Maior margem líquida:
Mesmo com taxas de 10% a 20%, eliminar intermediários pode aumentar significativamente a lucratividade por unidade vendida. - Acesso a dados do consumidor:
Comportamento, avaliações e preferências agora ficam visíveis — informações valiosas para aprimorar produtos e campanhas. - Visibilidade e escala imediata:
Um produto bem cadastrado pode ser visto por milhares de pessoas todos os dias, sem depender de investimento inicial pesado em mídia.
Quando faz sentido vender em marketplaces
Nem todo fabricante precisa estar em todos os marketplaces. A decisão deve levar em conta o estágio da operação e os objetivos estratégicos.
Veja quando essa expansão costuma fazer sentido:
- Quando há estrutura de estoque e logística eficiente:
Marketplaces exigem entregas rápidas e controle preciso. Se sua operação já está madura, é hora de escalar. - Quando deseja testar produtos, embalagens ou preços:
Uma forma acessível de validar novas linhas de produto antes de lançá-las em larga escala. - Quando há queda nas vendas B2B tradicionais:
O canal direto ajuda a compensar períodos de retração ou sazonalidade. - Quando busca fortalecer a marca e gerar confiança:
Estar presente em grandes plataformas aumenta a credibilidade e lembrança de marca. - Quando precisa de tráfego e visibilidade imediata:
Diferente de um site próprio, marketplaces já concentram o público e oferecem resultados rápidos.
Exemplos de setores que se beneficiam: cosméticos, moda, utilidades domésticas, ferramentas, brinquedos e eletrônicos.
Os modelos possíveis para fabricantes
Entrar em marketplaces não significa perder o controle sobre a operação. Há diferentes formatos possíveis:
- Venda direta (loja oficial):
O próprio fabricante cria e gerencia sua loja dentro da plataforma, com total autonomia sobre preços e comunicação. - Venda via parceiros autorizados:
Fabricantes podem manter revendedores estratégicos como representantes oficiais dentro dos marketplaces. - White label / Private label:
Produção para terceiros com presença digital indireta — ideal para quem quer expandir sem expor a marca principal.
Desafios e cuidados ao entrar em marketplaces
Apesar do grande potencial, vender em marketplaces requer planejamento. Entre os desafios:
- Taxas e comissões:
Avalie margens reais. Em geral, as plataformas cobram de 10% a 20% por venda, variando conforme a categoria e o serviço logístico. - Precificação e política de frete:
Mantenha coerência entre canais e planeje o custo do frete para não comprometer a competitividade. - Gestão de estoque e integração ERP:
A automação é essencial para evitar erros de disponibilidade e atrasos na entrega. - Reputação e atendimento:
Avaliações positivas e prazos cumpridos determinam a posição dos anúncios e o volume de vendas.
As pessoas mais compram, em marketplaces como Mercado Livre, Shopee e Amazon, itens das categorias de moda, eletrônicos, beleza, casa e produtos para pets.
Categorias mais populares em 2025
As categorias de produtos com maior volume de vendas em marketplaces brasileiros incluem:
- Moda e acessórios: roupas, calçados, bolsas e bijuterias continuam entre os mais vendidos, com destaque para moda fitness e plus size.
- Eletrônicos e informática: smartphones, fones de ouvido, notebooks e acessórios como capas e carregadores dominam as buscas.
- Beleza e cuidados pessoais: cosméticos, perfumes, maquiagens e produtos de skincare mostram crescimento constante, impulsionados pelo público jovem.
- Casa e decoração: utensílios domésticos, móveis compactos, iluminação inteligente e produtos sustentáveis estão em alta.
- Produtos para pets: brinquedos interativos, comedouros automáticos e roupas para animais têm forte demanda, refletindo a humanização dos pets.
- Saúde e bem-estar: suplementos, produtos fitness, aromaterapia e dispositivos de monitoramento pessoal tiveram crescimento com o foco em autocuidado.
- Brinquedos e games: jogos eletrônicos, acessórios gamer e brinquedos educativos continuam populares.
Tendências emergentes
Além dos líderes tradicionais, alguns segmentos estão crescendo rapidamente em 2025:
- Produtos ecológicos e sustentáveis (como embalagens biodegradáveis e roupas orgânicas).
- Itens personalizados (joias, acessórios e decoração sob medida).
- Kits de DIY e hobbies criativos (artesanato, jardinagem, pintura).
- Dispositivos de casa inteligente (assistentes de voz, câmeras e sensores).
Em resumo, roupas, eletrônicos e produtos de beleza permanecem os campeões de vendas, mas há uma expansão nítida em nichos ligados à sustentabilidade, personalização e bem-estar, refletindo as novas preferências dos consumidores online em 2025.
Principais marketplaces do Brasil e seus perfis
1️⃣ Mercado Livre
- Segmentos ideais: eletrônicos, ferramentas, automotivos, utilidades domésticas e produtos de valor agregado.
- Público: consumidores de todas as faixas, com foco em confiança e entrega rápida.
- Taxas: entre 10% e 19%, dependendo do tipo de anúncio (Clássico ou Premium).
- Logística: conta com o Mercado Envios, centros de distribuição e integração com ERPs.
- Marketing interno: permite anúncios patrocinados, planos de destaque e campanhas sazonais.
- Vantagem competitiva: o maior tráfego do Brasil — ideal para quem busca volume e credibilidade.
- Indicado para: fabricantes com estrutura de estoque e operação sólida, que buscam escalar rapidamente o B2C.
2️⃣ Shopee
- Segmentos ideais: acessórios, moda, eletrônicos leves, utilidades, decoração e produtos de ticket baixo a médio.
- Público: foco em preço e promoções, com alto volume de buscas impulsionado por cupons e frete grátis.
- Taxas: cerca de 14% em média, podendo chegar a 20% dependendo das campanhas de frete e destaque.
- Logística: oferece integração com ERPs (Tiny, Olist etc.) e programas de frete gratuito.
- Marketing interno: campanhas promocionais frequentes, cupons e anúncios pagos dentro da plataforma.
- Vantagem competitiva: excelente para testar produtos e ganhar escala rapidamente.
- Indicado para: fabricantes com produtos de alta rotatividade e preços competitivos.
3️⃣ SHEIN
- Segmentos ideais: moda, acessórios, beleza, decoração leve e produtos de lifestyle.
- Público: majoritariamente jovem (Geração Z e millennials), sensível a tendências e novidades.
- Taxas: cerca de 16% sobre vendas após período inicial de isenção.
- Logística: duas opções — o vendedor pode cuidar do envio ou usar o Shein Fulfillment Service (SFS).
- Marketing interno: campanhas de flash sales, programas de destaque e collabs com influenciadores.
- Vantagem competitiva: enorme alcance nacional e internacional, com alto engajamento.
- Indicado para: fabricantes de moda e acessórios que buscam visibilidade rápida e público conectado a tendências.
4️⃣ Amazon Brasil
- Segmentos ideais: Eletrônicos, informática, utensílios domésticos, livros, produtos premium, cosméticos e até alimentos não perecíveis. A Amazon é ideal para fabricantes com foco em qualidade, confiança e experiência de compra — e menos voltada à guerra de preços.
- Público: Consumidores que valorizam confiabilidade, entrega rápida e reputação da marca. O público é majoritariamente classe média e média-alta, com alto poder de compra e propensão a repetir pedidos de marcas confiáveis.
- Taxas: Comissão média entre 10% e 15%, variando por categoria. Algumas categorias específicas (como eletrônicos e informática) podem ter faixas menores. Taxa fixa adicional de fechamento em torno de R$ 5,00 para categorias de baixo valor, como livros e mídias.
- Logística: FBA (Fulfillment by Amazon): a Amazon cuida do armazenamento, envio, atendimento e devoluções — ideal para fabricantes que querem escala sem ampliar equipe. FBM (Fulfilled by Merchant): o vendedor faz toda a operação logística. Alta integração com ERPs e plataformas como Tiny, Bling, Nuvemshop e Shopify.
- Marketing interno: Programa Amazon Ads, com anúncios de produto patrocinado e posicionamentos por palavra-chave dentro da busca. Ranking interno prioriza avaliações positivas, estoque disponível e histórico de entrega rápida. Possibilidade de criar lojas personalizadas de marca (“Brand Store”), fortalecendo identidade visual e fidelização.
- Vantagem competitiva: Tráfego qualificado e público disposto a pagar mais por conveniência. Melhor percepção de valor agregado — ideal para fabricantes premium. Reputação global associada à confiança e suporte pós-venda.
- Indicado para: Fabricantes com margem saudável, produtos de ticket médio a alto, e foco em construção de marca sólida e experiência premium.
Comparativo rápido
| Marketplace | Segmentos ideais | Comissão estimada | Público principal | Diferencial |
|---|---|---|---|---|
| Mercado Livre | Eletrônicos, utilidades, peças | 10–19% | Público amplo, confia na marca | Maior tráfego e reputação |
| Shopee | Itens de ticket baixo/médio | 14–20% | Foco em preço e promoções | Volume rápido e visibilidade |
| SHEIN | Moda, acessórios, decoração | 16% (após 30 dias) | Jovem e fashion | Alcance global e campanhas de tendência |
| Amazon | Eletrônicos, premium, cosméticos, utensílios | 10–15% | Público de maior poder aquisitivo | Entrega rápida, confiança e programa FBA |
Como iniciar com segurança
Para quem nunca vendeu em marketplaces, o segredo é começar pequeno e aprender rápido.
O passo a passo ideal inclui:
- Análise de viabilidade e margem.
Entenda se o produto é lucrativo mesmo após taxas e logística. - Escolha do canal mais estratégico.
Foque primeiro em 1 ou 2 marketplaces antes de expandir. - Cadastro otimizado (SEO interno).
Use títulos e descrições ricas em palavras-chave e boas fotos. - Campanhas de lançamento e anúncios patrocinados.
Impulsionar os primeiros produtos ajuda o algoritmo a destacar sua marca. - Monitore métricas e avaliações.
Dados de vendas e feedbacks orientam ajustes de preço, descrição e logística.
Conclusão: o futuro é híbrido e direto
Para o fabricante moderno, vender em marketplaces não é competir com revendedores — é evoluir.
É uma forma de diversificar canais, reduzir dependências e aprender diretamente com o consumidor final.
A digitalização do varejo é irreversível — e quem começar agora sai na frente.
Vender em marketplaces é mais do que uma tendência: é uma transformação inevitável para quem deseja permanecer competitivo e relevante.
💡 Oferecemos configuração completa de lojas em marketplaces, integração com ERPs, gestão de catálogo e campanhas de performance — tudo para que fabricantes entrem com segurança e eficiência.
👉 Quer entender se o seu negócio está pronto para vender em marketplaces?
Fazemos um diagnóstico para fabricantes e indústrias, ajudando a definir o melhor modelo de entrada, plataformas ideais e projeção de resultados.
Acesse yamidia.com.br e descubra como escalar suas vendas de forma segura e estratégica.
