Uma mudança que está mexendo com o SEO — e com o custo dos anúncios
Nos últimos dias, o Google confirmou uma mudança que passou despercebida por muitos, mas que pode transformar o desempenho das campanhas e a forma como empresas conquistam visibilidade online: a limitação das páginas de resultados orgânicos a apenas 10 links por página.
Em outras palavras: não é mais possível visualizar até 100 resultados por página usando o parâmetro &num=100, e a navegação profunda (páginas 2, 3, 4…) está ficando cada vez mais escondida.
Pode parecer um detalhe técnico, mas a consequência é grande — principalmente para quem depende do tráfego orgânico e do Google Ads para gerar clientes.
O que realmente mudou
Antes, profissionais de marketing e ferramentas de SEO podiam forçar o Google a mostrar mais resultados por página (até 100). Agora, essa opção foi desativada.
A nova experiência limita o usuário comum a ver apenas os 10 primeiros resultados orgânicos, o que significa que o espaço para aparecer organicamente ficou ainda mais restrito.
Além disso, o Google vem testando novos formatos de blocos patrocinados (“Sponsored Results”), agrupando anúncios de forma mais evidente e até permitindo que usuários “ocultem” esses resultados após uma primeira exibição.
Essas duas mudanças — menos resultados orgânicos e anúncios mais visíveis — estão criando um novo cenário competitivo nas buscas.
Menos espaço orgânico, mais disputa por visibilidade
Se antes um conteúdo bem otimizado conseguia gerar tráfego mesmo estando na 11ª ou 15ª posição, agora isso praticamente desaparece.
Na prática, quem não está no Top 10 orgânico simplesmente não aparece.
Essa restrição de espaço natural impulsiona três consequências diretas:
- Aumento da competição pelos primeiros lugares (tanto orgânicos quanto pagos).
- Redução do tráfego orgânico para sites que estavam “quase lá”.
- Maior dependência de campanhas pagas para manter o volume de acessos.
Em outras palavras: o Google está empurrando as marcas para investir mais em mídia paga — e o custo dos anúncios tende a subir.
O impacto nas campanhas de Google Ads
A mudança altera o equilíbrio entre SEO e tráfego pago.
Veja os principais efeitos esperados nas campanhas:
| Impacto | O que acontece | O que fazer |
|---|---|---|
| CPCs mais altos | Com mais anunciantes disputando menos espaço visível, o custo por clique pode aumentar, especialmente em nichos competitivos. | Acompanhar o CPC médio por palavra-chave e ajustar estratégias de lance e orçamento. |
| Maior dependência dos anúncios | Sites que tinham bom desempenho orgânico precisarão compensar com tráfego pago. | Investir em campanhas integradas e revisar o ROI global de mídia + SEO. |
| Menos espaço para diferenciação orgânica | O limite de 10 resultados reduz a diversidade de fontes. | Apostar em conteúdos de autoridade e long tail (palavras-chave específicas). |
| Queda no CTR dos orgânicos | Menos pessoas navegarão para a “página 2”, o que concentra cliques apenas nos primeiros resultados. | Otimizar snippets, títulos e descrições para conquistar o clique dentro do Top 10. |
| Aumento do valor da posição 1 nos anúncios | O topo da página se torna ainda mais estratégico e competitivo. | Trabalhar criativos mais atrativos, extensões de anúncio e diferenciais visuais. |
O verdadeiro motivo por trás das mudanças: a ascensão das IAs
Embora o Google afirme que o objetivo seja melhorar a experiência do usuário e reduzir o scraping automatizado, há um motivo mais profundo e estratégico por trás dessas mudanças: a pressão das inteligências artificiais generativas.
Ferramentas como ChatGPT, Gemini, Claude, Copilot e Perplexity estão consumindo e reorganizando os conteúdos do Google, oferecendo respostas diretas e contextuais — sem que o usuário precise clicar em um link.
Isso significa que a própria busca tradicional está sendo ameaçada.
Cada vez mais pessoas fazem perguntas e obtêm respostas completas via IA, sem visitar sites nem ver anúncios.
Com isso, o Google perde impressões, tráfego e receita publicitária — e reage com:
- menor visibilidade para resultados orgânicos profundos, concentrando a atenção no Top 10;
- mais destaque para anúncios pagos e blocos patrocinados, que garantem monetização direta;
- e maior integração com IA generativa própria (AI Overviews), para competir com as plataformas que já capturam buscas contextuais.
Na prática, essa é a forma do Google defender seu modelo de negócios frente à revolução da IA — reposicionando o equilíbrio entre busca, anúncios e respostas automatizadas.
Como se adaptar ao novo cenário
A boa notícia é que há como se ajustar a essa mudança e até usá-la a seu favor.
Aqui vai um checklist rápido:
✅ Reforce o SEO técnico e de autoridade
Agora, mais do que nunca, estar entre os 10 primeiros é vital. Trabalhe títulos poderosos, meta descrições otimizadas e conteúdos de alta relevância.
✅ Crie conteúdos que as IAs não consigam simplesmente resumir
Invista em análises originais, dados próprios e experiências únicas — o tipo de material que as IAs citam, e não apenas replicam.
✅ Integre SEO e Google Ads estrategicamente
Combine esforços: use campanhas pagas para gerar dados, testar títulos e identificar palavras-chave que podem ser exploradas organicamente.
✅ Monitore CPC e ROI semanalmente
Com o aumento da competição, o custo tende a oscilar. Ajuste suas campanhas com base em desempenho, não em suposição.
✅ Aposte em formatos novos (PMax e vídeos 9:16)
As campanhas Performance Max estão ganhando força e agora aceitam criativos verticais, ideais para mobile e YouTube Shorts.
✅ Fique atento às novas políticas
O Google também atualizou políticas sobre transparência, preços e informações de contato. Evite reprovações automáticas.
Conclusão: menos espaço, mais estratégia — e mais inteligência
O Google está mudando porque o comportamento do usuário está mudando.
A ascensão da IA generativa pressiona o modelo de busca tradicional — e o resultado é um ambiente mais competitivo, seletivo e caro.
O futuro da visibilidade digital exigirá conteúdo inteligente, autoridade genuína e performance estratégica.
Quem souber equilibrar SEO, IA e tráfego pago vai liderar a próxima fase da internet.
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